terça-feira, 6 de setembro de 2011

A causa de muitos divórcios



O amor emocional não consegue sobreviver ao casamento; só o amor inteligente pode



Não existe ninguém no mundo que se casa por ódio. Normalmente, com raras exceções, como por interesses financeiros, por exemplo, que não devem ser levados em consideração, já que tais estão fadados ao fracasso, o que une casais a ponto de levá-los a selarem um matrimônio é única e
exclusivamente o amor. Mas será que esse amor não é suficiente para evitar a separação?

O bispo Renato Cardoso, autor do livro “O Perfil do Jovem de Deus”, fala em seu blog sobre o que leva muitos casais ao divórcio. “O amor emocional não consegue sobreviver ao casamento; só o amor inteligente pode”, enfatiza.

Ele explica a diferença entre o amor emocional e o inteligente. “O amor emocional é limitado a sentimentos, sensações, e experiências agradáveis. O amor inteligente olha para além dos sentimentos. Ele usa a razão, não a emoção, para escolher um parceiro para a vida.”

“O amor inteligente produz sentimentos verdadeiros e saudáveis, mas nunca está sujeito a eles. O amor emocional depende de sentimentos e pensa que eles são o próprio amor”, conclui o bispo.

“Casei pela emoção”

A estudante Maria Júlia*, de 28 anos, casou-se meses depois de conhecer Lúcio Souza*, 33 anos. Por conta da ansiedade do rapaz, ela decidiu ceder aos desejos dele, assumindo o matrimônio. Mas a união não durou dois anos. A jovem reconhece que agiu pela emoção.

“Eu até gostava dele, mas não o conhecia direito. Achei que poderia conhecê-lo melhor depois de casada. Mas, para minha decepção, ele não era nada do que eu esperava. Ele se revelou uma pessoa grosseira, impaciente e, o pior, infiel. Fiquei decepcionada”, conta.

A estudante afirma que esta foi umas das piores atitudes que ela já tomou na vida. “Machuquei-me muito. Se esperasse mais um pouco, muito provavelmente, não teria casado com ele. Posso dizer que casei pela emoção”, lamenta Maria Júlia.

Hoje, divorciada, ela afirma ter aprendido a lição. “Casar pela emoção nunca mais! Quero formar uma família sim, mas com uma pessoa que eu ame de verdade. Vou ser mais racional da próxima vez”, finaliza a jovem.


*Os nomes foram trocados a pedido da entrevistada em respeito à privacidade do ex-marido

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