É possível perdoar?
Se a traição amorosa pode rachar um relacionamento, no perdão está a chance de um recomeço ou de uma nova oportunidade. Mas até que ponto é válido perdoar e retomar uma relação que foi trincada por conta de uma traição? “Perdoar, independentemente de ficar com a pessoa ou não, é o fator determinante para que, naquela ou em outra
relação, a pessoa consiga ser feliz”, diz a psicóloga Márcia Souza, que enfatiza que as questões mais comuns que levam a uma traição são: falta de diálogo entre o casal, questões culturais, vingança, carência afetiva, insatisfação com relação aos desejos e expectativas com o(a) parceiro(a) e a busca pelo novo. Márcia acrescenta ainda que, “em vez de conversar quando surge um problema no relacionamento, as pessoas preferem se calar e criar fantasias desnecessárias, que podem culminar numa traição”.
relação, a pessoa consiga ser feliz”, diz a psicóloga Márcia Souza, que enfatiza que as questões mais comuns que levam a uma traição são: falta de diálogo entre o casal, questões culturais, vingança, carência afetiva, insatisfação com relação aos desejos e expectativas com o(a) parceiro(a) e a busca pelo novo. Márcia acrescenta ainda que, “em vez de conversar quando surge um problema no relacionamento, as pessoas preferem se calar e criar fantasias desnecessárias, que podem culminar numa traição”.
Por que tantas pessoas traem?
“Hoje em dia a traição é um fator comum e até tolerado pela sociedade, que vê muitas vezes a pessoa que trai, principalmente o homem, como o bonzão, o irresistível, mas ao resultado poucas pessoas se atêm, que é dor e tantos outros sentimentos negativos”, diz a psicóloga
E para aquele que foi traído e pensa em pagar a traição na mesma moeda a psicóloga aconselha: “Dar o troco, no momento de raiva, pode até aliviar a dor, mas a pessoa estará se enganando, pois futuramente essa traição gerará profunda tristeza e culpa, e esse não é o antídoto para aliviar a dor da traição”, ressalta.
E se perdoar uma traição é o passaporte para ser feliz novamente, Adriana, de 39 anos, que prefere não ser identificada, já carimbou o seu. Há 6 meses ela conta que foi duplamente traída pelo marido. Traição de confiança e amorosa. “O pior de tudo foi que a mulher com quem ele se envolveu começou a me perseguir, ligar no meu trabalho, infernizar a minha vida em todos os sentidos. Me separei, pois ele estava obcecado pela outra e ficou um tempo com ela, que fez uma bagunça na vida dele. Conclusão: durante muito tempo me senti a pior das mulheres, com a autoestima lá embaixo. Depois, fui cuidar de mim, organizar as minhas emoções. Recentemente ele viu que errou e voltou para me pedir perdão. E sabe o que eu fiz? O perdoei. Reatamos e estamos super bem. Sei que não é fácil perdoar uma traição, mas é possível quando a gente se ama de verdade e não deixa que a dor que o outro provocou determine como será a nossa vida”.
Recomeço
O comerciante S., de 46 anos, que também prefere não se identificar, relata uma traição que sofreu. Depois de 10 anos de casamento e uma filha, a esposa se envolveu com um outro homem e saiu de casa. “Como sofri. Não imaginava que aquilo pudesse estar acontecendo. O homem, por não saber lidar com as emoções tão bem quanto a mulher, se sente duplamente traído. Vendo que não teria mais chances, até tentei me envolver com outra pessoa, mas era dela que eu gostava. Três anos depois da separação, minha ex-mulher me procurou e me pediu perdão. Ela viu a besteira que tinha feito, que a minha filha estava do nosso lado, que aquela paixão louca acabou e o ex-amante não tinha por ela respeito algum. Claro que a família disse que era uma loucura reatar o casamento, mas eu lembro tudo do início do nosso relacionamento, o que passamos e construímos ao longo de 10 anos juntos, e vejo que ela é a mulher da minha vida. Valeu a pena esperar, porque ainda a amo. E perdoei mesmo a traição, pois sei também que ela se arrependeu e está mais carinhosa e dando muito mais valor à nossa família do que antes”.
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